Muitos governos aumentaram a emissão de moedas de forma desmedida como consequência do endividamento elevado. Assim, as carteiras dos investidores poderão perder valor por causa da inflação, que se potencializa pela maior massa monetária. No entanto, as ações poderão ser beneficiadas pelo maior grau de liquidez.
De acordo com o informe de Marc Fauber, economista suíço conhecido como "Dr. Doom" ou "Dr. Catástrofe" por suas previsões e opiniões contrárias à segurança dos bônus do tesouro dos E.U.A., os investidores poderão perder até metade de sua riqueza nos próximos anos devido aos problemas de endividamento dos governos.
Os Bancos Centrais para aliviar a situação delicada das economias desenvolvidas, aumentaram suas folhas de saldo consideravelmente. Por exemplo, a Reserva Federal expandiu seu saldo aproximadamente em U$3 tri, sendo que outros bancos, como o BCE, injetaram grandes quantidades de liquidez.
Nesse sentido, os riscos inflacionários são crescentes e poderão ter consequências devastadores na riqueza dos investidores. Para isso, a aversão ao risco será cada vez maior e alguns ativos, particularmente metais como outro, mostram potencial, já que podem sofrer uma grande demanda nos próximos meses.
Em relação aos títulos de renda fixa, perante um aumento da inflação, deverão ter rendimentos maiores e não perder, assim, seu atrativo como investimento. No entanto, essa situação representa um aumento nos custos de endividamento dos emissores, principalmente nos países altamente endividados e com risco, o que a princípio dificulta o financiamento dos mesmos.
No primeiro trimestre de 2012, foi registrado uma emissão de bônus corporativos não financeiros importante, totalizando em torno de U$225,5 Bi, 9% a mais do registrado no mesmo período no ano anterior. Essa grande emissão pode levar a uma redução dos preços e, por fim, aumentar os rendimentos.
Apesar do atrativo das ações e commodities frente ao dólar, muitos investidores continuam apostando nos bônus.
Um mercado que tende a estabilizar-se é o imobiliário, principalmente no sul dos E.U.A., onde estima-se que os valores das propriedades não terão forte impacto negativo, já que os investimentos em propriedades poderão ser relativamente desejáveis.
Igualmente, outras alternativas continuam sendo atrativas. As ações e metais preciosos seguem tendo potencial, bem como alguns investimentos de maior risco. Os mercados acionários experimentaram uma importante alta desde outubro, graças às políticas do Fed beneficiarem as ações, bem como as injeções de liquidez levadas a cabo na Europa.
No entanto, os últimos anúncios de Ben Bernanke frearam a tendência de alta dos últimos meses. Nas últimas semanas, o presidente da Reserva Federal se mostrou cauteloso ao falar das perspectivas econômicas. A situação de emprego preocupa e muito, e coloca em dúvida a recuperação econômica no futuro. Por isso, abriu-se novamente a possibilidade de novos estímulos monetários por parte do Fed.
As críticas mais comuns são aos fluxos de liquidez do Fed e às baixas taxas que geram inflação. Por isso, sendo ano eleitoral, o presidente da Reserva Federal deverá ter precaução ao tomar novas medidas. Porém, se se reverter a tendência nos mercados e não se produzir uma recuperação inflacionária, a possibilidade de nova onda de flexibilização se faz cada vez maior.
Muitos indicadores mostraram melhor desempenho da economia norte americana, mas ainda não se pode decidir que mostram solidez. Acreditamos que os indicadores macro-econômicos nos dizem que os fundamentos econômicos são mais consistentes, porém com um crescimento moderado.
Apesar dos riscos de uma inflação elevada serem latentes, ainda não se materializou, mas isso pode ocorrer nos próximos meses. Ante essa situação, os investidores contam com vários instrumentos que lhes permitem obter bons rendimentos. Portanto, a emissão indiscriminada traria fundamentos econômicos mais débeis; porém, os preços das ações e do ouro se posicionariam em níveis mais elevados.
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